Obscuro

olhando em volta,
numa multidão de gente
vejo sozinho
isulo-me de um mundo que não quero
que não me quer,
vivemos em concordância,
sem se pudermos culpar mutua-me
renegando as culpas a si mesmo
vivendo assim com este medo
olha á volta e encontro uma multidão
paro e é tudo uma imensa confusão
renego a multidão
e sigo então
para parte incerta
na incerteza de crer voltar
renego tudo
tudo é demasiado confuso
perco-me por caminhos da solidão
viajo sem destino
por caminhos obscuros
onde não encontro ninguem
onde ninguem quer estar,
onde apenas eu me sinto bem,
sozinho, sozinho nesta vida de partidas
onde o ponto de chegada não me interessa
e desejava nunca ter partido
desejando que o ponto de chegada
chegue rapidamente
para me retirar desta dor ardente!!